CAUCP recebe judoca especial para um bate-papo sobre força e superação

22 de março de 2023

Ser diferente é normal. Esse foi o intuito do bate-papo desta quarta-feira (22.03) com o jovem Matheus Judoca e seus pais com os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental II e Médio do CAUCP. O petropolitano é portador da Síndrome de Down e compartilhou com os alunos que dedicação e empenho, ele pode ser o que quiser e se tornou um campeão no judô, sendo exemplo de força e superação. A conversa foi uma iniciativa para comemorar o Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março.

“Estamos hoje aqui com o Matheus e sua família. O Matheus é judoca e está aqui para falar com vocês um pouquinho sobre esse exemplo de superação. E agradecemos por esse testemunho de vida e o exemplo. E que vocês continuem firmes, por que a partir de exemplos podemos ver que realmente uma dificuldade é uma possibilidade de sermos cada vez melhores”, disse o coordenador pedagógico do Ensino Fundamental II e Médio, Prof. Francisco Paula Dutra ao abrir o bate-papo.

Durante a conversa, os pais do Matheus, André e Valéria, contaram sobre a trajetória do jovem judoca, que hoje tem 18 anos, desde bebê quando foi diagnosticado com a Síndrome de Down até sua escolha em seguir o judô aos 8 anos de idade.

“É muito bom, muito legal e muito gratificante ser pai do Matheus. Quando o Matheus nasceu, eu senti rapidamente que teria um desafio para a vida toda. Não seria só por um período. Eu senti isso, né? E nesse tempo, os desafios foram alterados. Ele começou com a parte esportiva de 8 para 9 anos e se descobriu no judô. O judô é uma atividade esportiva muito boa, que eu recomendo a todos. Eu coloco o judô e a natação como os principais esportes. Eles trabalham muito bem a coordenação motora, a força e o equilíbrio”, explicou o pai do judoca, que ainda contou com a ajuda dos alunos para demonstrar alguns movimentos do esporte.

Amor e dedicação da família como diferencial na evolução do judoca

A mãe, Valéria compartilhou com os estudantes sobre o diagnóstico do jovem, descoberto apenas no nascimento, seguido de um problema no coração, aos dois meses de vida, que precisou ser operado um ano e meio depois.

“A gente não teve nenhum problema em aceitar. Muito pelo contrário, pois entendo que se Deus deu, Ele vai nos capacitar e a gente abraçou essa causa. Mas como o pai do Matheus falou, é um desafio sempre. Mas todo filho é um desafio e temos outros dois, o Paulo Sérgio de 20 anos e João Pedro de 15. E como pais nós assumimos”, disse.

“Foi um processo bastante difícil para mim, como mãe, mas a gente também passou por essa fase. E aí a vida deu outra volta, tivemos o João com uma diferença pequena do Matheus. Mas a gente continuou com os tratamentos que são extremamente importantes para que hoje ele tivesse toda essa vida praticamente normal, com algumas limitações”, contou a mãe do jovem, que foi alfabetizado entre 9 e 10 anos, o que abriu um leque de possibilidades para ele.

“Isso era um grande sonho meu e Graças a Deus a gente conseguiu. Porque ele hoje consegue ler. Não é por símbolo, como a gente vê hoje. Muitas pessoas com deficiência, na idade dele, que tem essa dificuldade. E hoje ele interage na internet, ele tem uma vida própria. Claro que a gente acompanha, como pais, mas ele é um cara independente e isso faz com que ele consiga ser feliz. A gente já nasce com o não. Nós estamos buscando o sim. O Matheus superou as suas limitações sim. Ele aprendeu a ler sim. Então estamos na busca”, comemorou sobre as conquistas do filho, que fez questão de contar sobre suas medalhas e o próximo desafio, com o campeonato que disputará em abril, na Holanda.

“Eu estou muito feliz de estar aqui no Aplicação de novo. Estou indo para o campeonato em abril, na Holanda. Eu vou trazer o troféu de outro para o Brasil de primeiro lugar”, disse o jovem judoca especial.

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